O estresse também é diferente para homens e mulheres
A cada dia novas pesquisas e estudos reforçam a já tradicional “disputa” entre homens e mulheres. Frequentemente, lemos matérias apontando quem é mais inteligente, quem ganha mais, quem é mais competente no trabalho, mas pouco se fala em diferença do estresse entre os dois sexos.
Para a Isma-br (International Stress Management Association) , associação que estuda o estresse e suas formas de prevenção, há diferenças no que leva homens e mulheres a níveis elevados de estresse no dia a dia de trabalho. Esta é a principal conclusão de um estudo realizado por essa associação, que pesquisou 586 pessoas de quatro empresas de abrangência nacional, de três cidades brasileiras.
[if gte vml 1]><v:shapetype id="_x0000_t75" coordsize="21600,21600" o:spt="75" o:preferrelative="t" path="m@4@5l@4@11@9@11@9@5xe" filled="f" stroked="f"> <v:stroke joinstyle="miter"></v:stroke> <v:formulas> <v:f eqn="if lineDrawn pixelLineWidth 0"></v:f> <v:f eqn="sum @0 1 0"></v:f> <v:f eqn="sum 0 0 @1"></v:f> <v:f eqn="prod @2 1 2"></v:f> <v:f eqn="prod @3 21600 pixelWidth"></v:f> <v:f eqn="prod @3 21600 pixelHeight"></v:f> <v:f eqn="sum @0 0 1"></v:f> <v:f eqn="prod @6 1 2"></v:f> <v:f eqn="prod @7 21600 pixelWidth"></v:f> <v:f eqn="sum @8 21600 0"></v:f> <v:f eqn="prod @7 21600 pixelHeight"></v:f> <v:f eqn="sum @10 21600 0"></v:f> </v:formulas> <v:path o:extrusionok="f" gradientshapeok="t" o:connecttype="rect"></v:path> <o:lock v:ext="edit" aspectratio="t"></o:lock> </v:shapetype><v:shape id="_x0000_s1026" type="#_x0000_t75" alt="" style='position:absolute; margin-left:0;margin-top:0;width:24pt;height:24pt;z-index:251657728; mso-wrap-distance-left:0;mso-wrap-distance-right:0;mso-position-horizontal:left; mso-position-vertical-relative:line' o:allowoverlap="f"> <w:wrap type="square"></w:wrap> </v:shape><![endif][if !vml][endif]Os resultados indicam que há algumas diferenças entre as percepções de homens e mulheres no tocante às fontes de estresse ocupacional. E a identificação destas causas é fundamental para que as empresas e pessoas possam tomar medidas para amenizar as consequências negativas do estresse.
Para 91% dos homens, a incerteza de continuar ou não na empresa e suas chances de crescer profissionalmente são o principal fator estressor, e para elas, 94,3%, é a sobrecarga de trabalho. As mulheres são mais afetadas pela quantidade excessiva de tarefas e ainda acreditam que precisam produzir excessivamente para provar sua competência. Os homens não têm este tipo de preocupação de forma tão freqüente.
É notório que muitas mulheres desempenham vários papéis ao longo do dia. Antigamente, a maioria delas eram “apenas” donas de casa. Hoje, a história é outra! A mulher é dona de casa, esposa, mãe, filha. É responsável pela família, pelos seus pais e por sua carreira. Além disso, tem de estar sempre bonita, com unha arrumada, cabelo feito, lutar contra a celulite, contra as estrias e contra a idade. Há cobrança de todos os lados.
Ainda por cima, a mulher precisa dar conta do trabalho tão bem quanto o homem, sem ter aberto mão de todos os outros papéis que ela desempenha. Mas, no momento em que lêem essa matéria, muitos homens podem estar falando: “eu ajudo em casa.” É exatamente nesta frase que está o problema. O homem ajuda, mas não faz sozinho as tarefas de casa. A responsabilidade continua sendo da mulher.
Vale lembrar também que não significa que a mulher passa mais horas no trabalho que o homem. Geralmente, ela já chega cansada no trabalho. Antes de chegar à empresa, ela teve que resolver pendências e dar instruções para a empregada, ajudar na lição de casa dos filhos, levar a filha no balé e o filho na natação, levar para a escola e fazer supermercado.
Ou seja, elas estão muito mais sujeitas a estresse que os homens. Mas, hoje em dia, falar que as mulheres são mais estressadas até possui uma conotação pejorativa. O fato é que elas estão realmente mais sujeitas a desenvolver mais doenças ligadas ao estresse. Os níveis elevados de estresse estão entre as principais causas para o desenvolvimento de distúrbios funcionais, problemas psicossomáticos e doenças degenerativas.
Para chegar a estas conclusões, a pesquisa foi realizada a partir de 18 fatores estressores e respostas a pergunta: “O que mais estressa e preocupa no seu dia-a-dia?” Entre os fatores estressores, os que atingiram as mais altas pontuações foram a sobrecarga de trabalho, incerteza, falta de controle, incapacidade de administrar o tempo e relacionamento com a equipe.
A incerteza apontada pelos entrevistados é aquela proveniente de continuar empregado. Essa não é uma queixa preponderante em um dos sexos. É uma queixa geral, já que a diminuição da quantidade de emprego é uma tendência forte no mundo. Cada vez mais as relações estáveis de trabalho estão sendo substituídas por relações informais, onde há mais instabilidade.