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Fashionistas: vítimas da moda ou identidade de estilo?


O termo nasceu na década de 90, mas nunca fez tanto sentido como agora. A roupa perdeu a função de proteger o corpo e se transformou em um outdoor de personalidade explodindo em cores e texturas, estendendo-se por acessórios, cabelo e calçados. O estilo perdura até a próxima tendência, assim, a ditadura da moda deu luz aos fashionistas, denunciados pela hashtag #look do dia.

Fashionista foi escrito pela primeira vez pelo jornalista investigativo Stephen Fried, na biografia da modelo Gia Carangi (1993). O tema que virou filme estrelado por Angelina Jolie (GIA, 1998), saiu das passarelas e ganhou as ruas.

Um dos seus sinônimos foi cunhado pelo estilista Oscar de la Renta, ele usava o termo Vítimas da Modapara identificar uma pessoa que é incapaz de reconhecer os limites de estilo. Essa vulnerabilidade ao modismo, consumo e tendências coloca essas pessoas à mercê dos preconceitos da sociedade ou do interesse comercial da indústria da moda, ou de ambos.

Design de Moda, Regis Puppim.

Para o Design de Moda, Regis Puppim, o fashionismo é uma reação de uma Moda que está cada vez mais dinâmica e rápida. Isso se deve, no fundo, a velocidade altíssima em que as informações hoje são repassadas e compartilhadas. “Uma nova coloração de jeans lançada hoje, pela manhã, em Milão, já estará na web e com a sua descrição detalhada, logo no início da tarde”, explica.

Nascido em Campo Grande e formado pelo instituto Europeo di Design, Regis explica que os fashionistas nada mais são que pessoas que querem, além de ter acesso às informações mais privilegiadas da Moda, desfrutar delas. “Inicialmente, o fashionista seria a pessoa apoderada da tendência. No entanto, para estar usando tendências, devem-se adquirir peças novas mensalmente, quiçá semanalmente. Se este consumidor não souber também, de modo consciente, cuidar da vida útil desta peça, ele simplesmente será um acumulador de peças e mais peças que não serão mais usáveis para ele em pouco tempo, pois estarão fora da tendência atual”.

FASHIONISMO CONSCIENTE!

Regis Puppim dá dica para quem faz da rua uma passarela:

  • Nem todas as tendências são para todos, ou ao menos, caem bem em todos;

  • Conhecer seu biótipo e estar seguro do seu estilo pessoal é essencial para acertar sempre nas compras;

  • A figura do Personal Stylist pode ajudar muito a descobrir qual seu biótipo e qual estilo lhe cai melhor;

  • Muitas vezes o problema é o preço que se paga pelos objetos de desejos. Para tanto, existem alternativas, como produtos similares, outras marcas, nem sempre você precisa pagar caro para ter ume peça bonita e que caia bem em seu corpo.

  • Outra saída é doar as peças que não utilizarão mais. O quê, para muitos, é um problema, pois cria-se uma relação de afeto com a roupa, ao lembrar de momentos especiais em que a vestiu.

“O Fashionista é aquele que busca construir sua imagem, através da roupa, como de antenado, ou o mais contemporâneo e atual possível, que sente o Zeitgeist* do momento. Só que a preocupação restrita ao exterior do corpo já não é mais suficiente para sermos vistos como tais”, Regis Puppim.

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